Piscina, cloro e doenças respiratórias

Tempo de leitura: 4 minutos

A prática de atividades físicas na infância é recomendada por diversos motivos, tanto pelo desenvolvimento físico quanto pelo estímulo ao convívio social. Porém, há algumas ressalvas em relação à natação, já que cloro e doenças respiratórias tem uma relação muito íntima.

A natação é altamente recomendada para pacientes com dificuldades respiratórias, como a asma, bronquite, sinusite e rinite. Isso porque a atividade trabalha o tônus muscular, ajuda a fortalecer o coração e até mesmo reduz sintomas de doenças respiratórias.

Neste artigo, vamos explorar a relação entre cloro e doenças respiratórias. Mas, primeiro, entenda a importância da cloração da água!

cloro e doenças respiratórias

A importância da cloração da água

A descoberta do uso do cloro para a desinfecção da água é considerada uma das maiores conquistas para a saúde pública e desenvolvimento humano.

O cloro é um poderoso desinfetante que atua contra bactérias nocivas à vida, que já causaram epidemias como a cólera, febre tifoide e tantas outras. Dessa forma, a cloração da água evita milhões de mortes todos os anos e é essencial para qualquer sociedade desenvolvida.

O processo de desinfecção da água é, obrigatoriamente, feito por todas as companhias de saneamento básico. Portanto, teoricamente, a água que chega em sua casa pela torneira é própria para consumo.

Cloração da água em piscinas

As piscinas são ambientes de grande circulação de microorganismos. Podemos dividi-los em dois grupos: provenientes de usuários e do ambiente. 

A contaminação da água de piscinas se dá principalmente pelos banhistas, que, muitas vezes, entram na água sem higienização e a poluem com:

  • Materiais solúveis – suor e urina;
  • Materiais em suspensão – pelos e pequenos fragmentos de pele;
  • Material coloidal – secreção nasal, óleos, cremes, etc;
  • Microorganismos – parasitas, bactérias e vírus.

Piscinas a céu aberto estão mais propensas à contaminação do ambiente.

Mas, afinal, qual a relação entre cloro e problemas respiratórios?

Relação entre piscina, cloro e doenças respiratórias

Há muita controvérsia a respeito deste assunto. O primeiro ponto a se destacar é que não é o cloro em si que causa doenças respiratórias.

Por outro lado, ele pode levar à irritação da pele e das mucosas (ocular e respiratória), desencadeando coceiras e reações alérgicas. Além disso, o vapor do cloro que fica na superfície da piscina (vamos lembrar que o cloro em seu estado natural é um gás) pode desencadear ressecamento da pele e das mucosas.

Outro ponto é que a união do cloro da piscina com urina de banhistas e suor da pele criam um gás poluente que também irrita o trato respiratório. Porém, temos algumas ressalvas a este respeito! A poluição das cidades e fumaças como as do cigarro são muitíssimo piores do que as de uma piscina. 

Da mesma forma, os estudos que apontam o cloro como prejudicial consideram uma exposição de mais de 20 horas por semana à água da piscina. Ou seja, é preciso que a pessoa faça natação por, pelo menos, quatro horas por dia e cinco dias por semana, para que as manifestações alérgicas apareçam.

Mas, de fato, a água da piscina pode ser preocupante, principalmente se o seu filho tem problemas respiratórios muito graves. Pensando nisso, reunimos algumas dicas para tornar esse ambiente mais saudável.

Dicas para reduzir as reações alérgicas

Há algumas dicas importantes para crianças com problemas respiratórios e que fazem natação, como a substituição da desinfecção por cloro pelo ozônio.

Esse gás natural é muito eficaz no combate a vírus, algas, bactérias e fungos, ao mesmo tempo, em que é o método mais seguro no tratamento da água. A radiação ultravioleta também tem mostrado muita eficácia no combate a microorganismos.

Vale ponderar, também, que a piscina deve ter boa ventilação e que o seu responsável deve seguir corretamente as normas de higiene e prezar pelo uso de materiais menos irritantes.

Aplicar determinados cremes na pele antes da natação, também pode ajudar a reduzir os efeitos do cloro na pele.

Por fim, certifique-se de que o local em que o seu filho faz natação segue corretamente as normas de higiene e segurança.

A natação é uma atividade física muito recomendada, mas é importante estar atento a relação entre cloro e doenças respiratórias, caso seu filho tenha esse problema.

Quer se manter informado sobre assuntos como esse? Continue acompanhando a Pulmolab aqui no blog e nas redes sociais, Facebook e Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *