Variações de temperatura e doenças respiratórias em crianças: o que devo saber?

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As variações de temperatura e as doenças respiratórias em crianças são alguns dos principais contribuintes para emergências de saúde em todo o mundo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), diversos fatores podem desencadear doenças respiratórias em crianças, como a concentração de poluentes e as mudanças do clima, principalmente em estações intermediárias.

Com tudo isso, casos de alergia e efeitos adversos na saúde respiratória em crianças são comuns. É verdade que as crianças são um grupo excepcionalmente vulnerável. Por isso, veremos a seguir a importância de saber o que fazer quando o pequeno manifesta sintomas que demandam atenção.

Mudanças bruscas de temperatura e as doenças respiratórias em crianças

Eventos climáticos extremos podem desempenhar um papel não apenas no aumento de alergias e doenças do aparelho respiratório, mas também no favorecimento de infecções em crianças. 

Condições climáticas que levam a  queda ou aumento brusco de temperatura, não causam grande impacto na saúde. Se isso fosse verdade, o que seria dos frequentadores de sauna?  Já imaginou se todos ficassem doentes ao entrar em um ambiente com ar condicionado vindo de uma temperatura externa muito alta? Crianças que estão em suas casas aquecidas não ficam doentes  quando saem para brincar na neve! impactos diretos na saúde estão relacionados com alterações bruscas da umidade relativa do ar e um aumento de poluentes no ar que respiramos. 

Além disso, o clima instável ajuda a influenciar na concentração de alérgenos, como pólen, fungos e ácaros, que acabam desencadeando sintomas respiratórios

E agora? Como lidar com o impacto do clima instável, com a influência das variações de temperatura e as doenças respiratórias em crianças? Veja a seguir!

Como evitar doenças respiratórias no meu filho

A grande maioria das infecções respiratórias é causada pela circulação livre de vírus. Infecções virais são bem menos frequentes quando se estimula a vida ao ar livre, mesmo durante as variações climáticas. E assim, a alta incidência de doenças respiratórias em crianças é explicada por: 

  • Maior exposição a patógenos respiratórios dentro de casa e em creches; 
  • Fatores ambientais
  • Problemas no sistema imunológico.

Portanto, evitar as aglomerações, que favorecem a disseminação de patógenos causadores de doenças respiratórias, Além disso, como estratégias de prevenção, os pais podem ainda:

  • Abraçar a cultura da imunização por vacinas;
  • Frequentar pediatras regularmente;
  • Evitar estar em ambientes fechados e pouco arejados;
  • Reforçar o sistema imunológico com boa alimentação;
  • Higienizar as mãos com frequência;
  • Limpar e arejar sempre lençóis, colchões e roupas do armário, bem como os brinquedos

Quando procurar ajuda médica?

E quando é mais do que apenas um resfriado, o que fazer?

Quase todas as crianças contraem o VSR ou vírus sincicial respiratório, um dos muitos que causam doenças respiratórias atacando o nariz, garganta e pulmões. Esse vírus geralmente ocorre no final do outono, predominando no inverno até o início da primavera, mas pode variar em diferentes partes do país.

Para a maioria das crianças saudáveis, o VSR é como um resfriado. Mas, algumas crianças ficam muito doentes com ele.

Os sintomas geralmente duram em média de 5 a 7 dias e são:

  • Resfriado: infecção de nariz e garganta
  • Bronquiolite: infecção nos pulmões
  • Febre
  • Tosse (com som rouco e seco)
  • Obstrução e corrimento nasal
  • Espirros
  • Agitação
  • Respiração rápida
  • Chiado

Mas quando você deve entrar em contato com o pediatra? Em geral, quando os sintomas persistem por mais de 10 dias sem tendência de melhora. Ligue para o seu médico se o seu filho tiver:

  • Chieira e falta de ar
  • Sintomas de desidratação (boca seca, diminuição no volume urinário, etc)
  • Pausas ou dificuldade para respirar
  • Atividade e estado de alerta significativamente diminuídos
  • Febre alta

Assim sendo, para ajudar seu filho a se sentir mais confortável, comece fazendo o que faria em qualquer resfriado forte, com solução salina nasal, dando bastante líquidos e uma alimentação leve. 

Além disso, certifique-se de que seu filho está se mantendo bem hidratado. Crianças pequenas e bebês com resfriado comum podem se alimentar mais devagar ou não sentir vontade de comer. Isso porque estão com dificuldade para respirar. Portanto, a suplementação com água ou fórmula é necessária para bebês também.

E se for difícil para o bebê mamar no peito, extrair o leite materno em um copo ou mamadeira pode ser uma opção.

O uso de medicamentos como Dipirona, Paracetamol ou ibuprofeno ajuda no caso de febres e mal estar. E sim, sempre auto medicar o seu filho. Sempre busque por orientação de um profissional capacitado.

Crianças pequenas com VSR precisam ser hospitalizadas?

Uma pequena porcentagem de crianças, principalmente aquelas menores de 6 meses de idade, podem necessitar de internação hospitalar. Em casos graves, elas podem precisar de oxigênio para ajudar na respiração ou até de uma linha intravenosa para receber fluidos. 

No entanto, a maioria dessas crianças pode ir para casa em poucos dias. Raramente, uma criança pode precisar de cuidados em uma unidade de terapia intensiva pediátrica.

Na verdade, não há uma cura certa para o VSR, e medicamentos como esteroides e antibióticos não ajudam no tratamento. Por outro lado, pesquisas com uma nova vacina para o VRS já estão muito adiantadas.

Provavelmente  teremos mais opções em um futuro próximo. Enquanto isso, tenha certeza de que a maioria das crianças se recupera bem, desde que sejam assistidas por um profissional e tenham os cuidados por parte da família também.

Você suspeita que seu filho tenha problemas respiratórios devido a mudanças de temperatura? Agende uma consulta, tire todas as suas dúvidas e tenha o melhor tratamento para o seu filho.

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