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Você sabia que o refluxo gastroesofágico, aquele problema que causa azia, queimação e regurgitação, pode também afetar os seus pulmões? Pois é, o refluxo gastroesofágico é uma condição em que o ácido do estômago volta para o esôfago, e às vezes, pode chegar até a garganta, a boca e as vias aéreas, causando inflamação, irritação e infecção.
O refluxo gastroesofágico pode ser um fator de risco ou de agravamento para diversas doenças respiratórias, como asma, bronquite, pneumonia, fibrose pulmonar, etc. Por isso, é importante diagnosticar e tratar o refluxo gastroesofágico, não só para aliviar os sintomas digestivos, mas também para prevenir e controlar os problemas pulmonares.
Neste post, vamos explicar como o refluxo gastroesofágico pode afetar os pulmões, quais são os sintomas, as causas e os tratamentos dessa condição, e como a Pulmolab pode ajudar você a cuidar da sua saúde respiratória.
Como o refluxo gastroesofágico pode afetar os pulmões?
O refluxo gastroesofágico pode afetar os pulmões de várias formas, como:
- Aspiração: é a situação em que o ácido do estômago é aspirado para as vias aéreas, causando tosse, falta de ar, chiado, catarro, etc. A aspiração pode provocar inflamação, infecção e lesão dos tecidos pulmonares, podendo levar a pneumonia, bronquite, asma, etc.
- Microaspiração: é a situação em que o ácido do estômago é microaspirado para a laringe, a faringe e a traqueia, causando rouquidão, pigarro, dor de garganta, etc. A microaspiração pode estimular os receptores nervosos das vias aéreas, provocando espasmo, edema e hiperresponsividade, podendo levar a asma, bronquite, etc.
- Reflexo: é a situação em que o ácido do estômago estimula os nervos do esôfago, que se comunicam com os nervos dos pulmões, causando tosse, falta de ar, chiado, etc. O reflexo pode alterar a função dos músculos respiratórios, a sensibilidade das vias aéreas e a defesa imunológica, podendo levar a asma, bronquite, etc.
Quais são os sintomas do refluxo gastroesofágico?
O refluxo gastroesofágico pode causar diversos sintomas, que podem variar de acordo com a intensidade, a frequência e a duração do refluxo, e com a sensibilidade de cada pessoa. Os sintomas mais comuns do refluxo gastroesofágico são:
- Azia: é a sensação de queimação no peito, que pode subir até a garganta, causada pelo ácido do estômago que irrita o esôfago.
- Regurgitação: é a sensação de que o conteúdo do estômago volta para a boca, podendo causar gosto ácido, náusea, vômito, etc.
- Disfagia: é a dificuldade para engolir os alimentos, causada pela inflamação, pelo estreitamento ou pela cicatrização do esôfago.
- Dor torácica: é a dor no peito, que pode ser confundida com a dor cardíaca, causada pela irritação, pela contração ou pela úlcera do esôfago.
- Tosse: é a expulsão de ar dos pulmões, que pode ser seca ou produtiva, causada pela aspiração, pela microaspiração ou pelo reflexo do ácido do estômago nas vias aéreas.
- Falta de ar: é a dificuldade para respirar, que pode ser acompanhada de chiado, catarro, etc., causada pela aspiração, pela microaspiração ou pelo reflexo do ácido do estômago nos pulmões.
- Rouquidão: é a alteração da voz, que pode ficar mais grave, mais fraca ou mais rouca, causada pela microaspiração do ácido do estômago na laringe.
- Dor de garganta: é a dor na região da faringe, que pode ser acompanhada de vermelhidão, inchaço, etc., causada pela microaspiração do ácido do estômago na faringe.
Quais são as causas do refluxo gastroesofágico?
O refluxo gastroesofágico pode ter diversas causas, que podem ser divididas em duas categorias: as causas primárias e as causas secundárias. As causas primárias são aquelas que afetam diretamente o funcionamento do esfíncter esofágico inferior, que é o músculo que impede o retorno do ácido do estômago para o esôfago. As causas secundárias são aquelas que aumentam a pressão no estômago, facilitando o refluxo do ácido para o esôfago. Veja alguns exemplos de cada categoria:
- Causas primárias: hérnia de hiato, tabagismo, alcoolismo, uso de medicamentos, flacidez do esfíncter esofagiano,etc.
- Causas secundárias: Obesidade, gravidez refeições volumosas, mastigação deficiente, deitar-se logo após as refeições, ingerir excesso de líquidos durante as refeições, consumir alimentos gordurosos, ácidos, picantes, cafeinados, gasosos, etc.
Quais são os tratamentos do refluxo gastroesofágico?
O tratamento do refluxo gastroesofágico pode variar de acordo com a gravidade, a frequência e a duração do refluxo, e com a presença ou não de complicações. O tratamento do refluxo gastroesofágico pode incluir:
- Tratamento clínico: é o tratamento que utiliza medicamentos, como os procinéticos, antiácidos einibidores da bomba de prótons, que visam neutralizar, reduzir ou bloquear a produção de ácido no estômago, ou aumentar a motilidade do esôfago e do estômago, para evitar o refluxo. O tratamento clínico também inclui mudanças nos hábitos de vida, como alimentação saudável, perda de peso, cessação do tabagismo, redução do consumo de álcool, elevação da cabeceira da cama, etc., que visam diminuir a pressão no estômago, e facilitar o esvaziamento gástrico.
- Tratamento cirúrgico: técnicas cirúrgicas, como a fundoplicatura, que visa reforçar o esfíncter esofágico inferior, e impedir o refluxo. O tratamento cirúrgico é indicado para casos de refluxo gastroesofágico grave, que não respondem ao tratamento clínico, ou que apresentam complicações, como esofagite, estenose, úlcera, sangramento, etc.
- Tratamento endoscópico: é o tratamento que utiliza técnicas endoscópicas, como a injeção de substâncias, a colocação de próteses, a aplicação de radiofrequência, etc., que visam modificar ou corrigir a anatomia ou a função do esôfago ou do estômago, para prevenir o refluxo. O tratamento endoscópico é uma alternativa ao tratamento cirúrgico, que pode ser menos invasivo, menos doloroso e mais rápido.
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