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Por definição a bronquiolite é uma infecção viral, que ocorre nos primeiros 2 anos de idade, que leva a criança a chiar pela primeira vez. Muitas vezes a criança tem bronquiolite e nunca mais chia. As vezes a bronquiolite é o primeiro sinal que a criança vai se tornar um bebê chiador. É uma infecção muito comum que chega a afetar mais de 150 mil pessoas por ano no Brasil. A condição prejudica principalmente recém-nascidos e crianças nos primeiros 2 anos de vida e geralmente é causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR).
Os bronquíolos de crianças pequenas são delicadas formações, menor de 2 mm de diâmetro, que se conectam aos brônquios – grandes condutores que levam ar para dentro e para fora dos pulmões. Na infecção, a captação de oxigênio é comprometida, uma vez que o muco excessivo produzido fica preso nos bronquíolos.
Apesar de comum, cuidados corretos com o recém nascido e atenção redobrada aos sintomas são formas de prevenir que o problema se torne uma doença pulmonar crônica.
Saiba mais neste artigo.
Bronquiolite: causas, sintomas, fatores de risco, prevenção e tratamento
Além do VSR, a bronquiolite pode ser causada pelo vírus influenza, vírus parainfluenza, adenovírus, rinovírus e outros.
Estima-se que 90% das crianças de até dois anos tenham sido infectadas pelo VSR, dada sua alta taxa de contágio. O VSR pode ser transmitido pelo toque, contato com objetos contaminados e pelo ar.
A condição é um dos motivos mais frequentes de internações de lactentes, mas a boa notícia é que ele nem sempre leva à complicações graves.
Sinais e sintomas
Por se tratar de uma doença respiratória, os sintomas são muito comuns. Começa como um resfriado comum, apresentando: tosse, febre, obstrução nasal, coriza e irritabilidade.
Dois dias depois surgem as dificuldades respiratórias, sibilância (bebê chiador), tosse intensa e respiração acelerada. Em casos agravados, o bebê pode apresentar gemidos, sonolência, dificuldade para respirar e cianose (lábios e extremidades arroxeadas).
Fatores de risco para a bronquiolite
Os fatores de risco para a bronquiolite são: idade, parto prematuro, imunodeficiência, baixo peso ao nascer e doenças cardíacas ou pulmonares.
Prevenção e tratamento
A primeira infância é marcada pela prevenção constante. Por outro lado, os cuidados com o bebê que faz parte de algum grupo de risco devem ser redobrados.
Deve-se evitar aglomerações e o contato com adultos ou outras crianças resfriadas; lavar sempre as mãos e higienizá-las com álcool em gel 70% antes de tocar no bebê; e de forma alguma deixá-lo exposto à agentes poluentes, como a fumaça do cigarro.
Além disso, levar a criança sempre ao pediatra e preservar o aleitamento materno são recomendações fundamentais, tanto para que o bebê tenha a supervisão de um especialista quanto para que receba a melhor nutrição.
Na maioria das vezes, a evolução da doença será benigna e o tratamento pode ser feito pelos próprios pais, mediante as orientações médicas. Manter a hidratação do bebê e observar a febre e a respiração são as recomendações básicas para isso.
Por outro lado, em situações graves, pode ser necessária a internação para que a oxigenação do pequeno não seja prejudicada.
Existe alguma vacina?
Vacina não, mas a administração de doses do anticorpo monoclonal humanizado contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) ajuda na prevenção de prematuros que nasceram antes da 30ª semana.
Apesar de ser comum, benigna e de ter uma taxa de recuperação alta, a bronquiolite deve ser tratada com supervisão médica. Não se esqueça de que os primeiros anos do bebê podem determinar todo o seu desenvolvimento. Portanto, todo cuidado é pouco.
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