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Coqueluche é uma doença infecciosa aguda que afeta o trato respiratório (traquéia, brônquios e pulmões). Ela é causada pela bactéria Bordetella pertussis, também conhecida como bactéria de tosse comprida ou, ainda, tosse ferina.
A doença é de transmissão respiratória e se dá pelo contágio direto, como por meio da fala, do espirro e da tosse que expelem gotículas contaminadas e tornam a pessoa saudável em um potencial hospedeiro.
Como na maioria das doenças, a coqueluche afeta determinados grupos com maior rigor, como é o caso das crianças pequenas. Assim, é imprescindível conhecer os sintomas e a forma de diagnóstico desse mal.
Portanto, acompanhe este artigo e tire suas dúvidas!
O grupo focal da coqueluche
A doença incide prioritariamente em crianças e, principalmente os pequenos com menos de um ano. Nesta idade a infecção pode ser muito grave.
Porém, esta moléstia infecto contagiosa também afeta adultos. Nos últimos anos vem ocorrendo um aumento significativo na incidência da coqueluche, com mais da metade dos casos ocorrendo em adolescentes e em adultos jovens.
Lactantes e pessoas idosas estão no grupo de risco, pois a doença gera diversas complicações que podem levar à morte. Dessa forma, essas pessoas também precisam se proteger contra a coqueluche.
Os sintomas da doença
A doença, epidêmica e endêmica, tem como principais sintomas as crises de tosse finalizados com um guincho, que nada mais é que uma inspiração longa, profunda e aguda.
Ela também é caracterizada por paroxismos, ou seja, a piora súbita da tosse, como num engasgo.
A coqueluche pode surgir em qualquer época do ano e também é possível que a pessoa infectada apresente sintomas leves, muito semelhantes aos do resfriado, como:
- Corrimento nasal;
- Espirros;
- Rouquidão;
- Tosse seca à noite;
- Abatimento e indisposição;
- Perda de apetite.
Após os primeiros sintomas, começa o período de crises intensas de tosse. O cenário é de quadros de cinco ou mais tosses seguidas e finalizadas com o guincho (que nem sempre se manifesta). Junto da tosse vem uma grande quantidade de muco. Esta secreção abundante pode formar bolhas no nariz.
Em crianças menores, pode haver vômito, apneia (pausa respiratória) e tosse intensa que pode causar cianose (lábios e pele ficam azulados).
As possíveis complicações da coqueluche, nessa fase, são as otites (infecção de ouvido) e a pneumonia. Nos bebês mais novos, e em casos raros, a doença afeta o cérebro, o que pode levar à incapacidade intelectual, convulsões, sangramentos, etc.
Passada a fase crítica, ocorre uma melhora lenta e gradativa, que pode durar semanas.
O diagnóstico da coqueluche
O sinal mais importante da coqueluche é a presença da tosse característica, que é muito marcante. O exame mais fidedigno no diagnóstico da coqueluche é o PCR (reação em cadeia da polímeras) que é feito nas secreções no nariz ou da garganta.
Os resultados positivos são mais fáceis de se obter no princípio da doença.
Prevenção da coqueluche
A vacina tríplice clássica (DPT) – que age contra a coqueluche (pertussis), a difteria, e o tétano – é a melhor forma de prevenção, apesar de não ser 100% eficaz. Ela é ministrada a partir dos 2 meses de idade, com aplicações adicionais aos 4 e 6 meses de vida, além de reforços aos 2 e 4 anos de idade, totalizando 5 aplicações. Hoje recomenda-se uma aplicação adicional da vacina na adolescência e na gestante, para proteger o bebê nos primeiros meses.
A coqueluche pode ser uma doença grave principalmente se ocorre nos primeiros meses de vida. Portanto, contar com um bom especialista para acompanhar essa fase é muito importante.
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