Afinal, o que é amigdalite?

Tempo de leitura: 4 minutos

A amigdalite é um processo inflamatório comum, caracterizado pela inflamação das amígdalas palatinas. Elas são duas estruturas localizadas entre o céu da boca e a língua, e sua função é proteger a garganta contra a entrada de microorganismos. 

Por serem a “porta de entrada” de tudo que passa pela boca, elas estão sujeitas à invasão de vírus e bactérias e, para combater esses agentes, o corpo humano cria um processo inflamatório, que causa inchaço e dor de garganta. 

Mas, como saber se é amigdalite ou uma inflamação de outra natureza? Neste post, vamos explicar todas as características desse distúrbio e qual a melhor forma de tratamento. 

Boa leitura! 

amigdalite

Qual a diferença entre amigdalite e dor de garganta comum?

Amigdalite pode ser facilmente confundida com dor de garganta comum, pois elas têm sintomas parecidos. Entretanto, é importante diferenciá-las, pois os tratamentos são diferentes. 

As dores de garganta normais são causadas por vírus e geram inchaços e inflamações ao redor das amígdalas.  São conhecidas como amigdalite viral

Por outro lado, a amigdalite bacteriana não apresenta os típicos sintomas virais, como a congestão nasal e os espirros. Ela causa pus nas amígdalas e aumento dos gânglios do pescoço que ficam muito dolorosos, o que frequentemente não acontece nas resfriados comuns. Amigdalite bacteriana é inexistente antes dos 2 anos de idade, sendo mais frequente a partir dos 2 -3 anos de vida

Sintomas da doença

Os principais sintomas da amigdalite são:

  • Febre (mais alta se forem amigdalites causadas por bactérias);
  • Dor de garganta;
  • Dificuldade para engolir;
  • Pus nas amígdalas;
  • Gânglios aumentados na região da mandíbula e do pescoço;
  • Mau hálito;
  • Dor de cabeça.

Pais, fiquem atentos: é importante levar o seu filho ao médico, assim que esses sintomas se manifestarem!

Prevenção

Não há um jeito certo e totalmente eficaz para prevenir as amigdalites agudas, mas alguns cuidados podem ser tomados.

E o primeiro deles é o mais básico de todos: a higiene é a melhor prevenção!

Os cuidados mais básicos são: lavar as mãos, cobrir a boca ao tossir e o nariz ao espirrar, utilizando a dobra dos cotovelos. 

É importante, também, adotar uma alimentação adequada, que seja rica em nutrientes que vão ajudar a melhorar o sistema imunitário, de acordo com as necessidades nutricionais do paciente.

Vale ressaltar que, como a transmissão é mais comum durante o inverno, é preciso tomar cuidado com a friagem para diminuir os episódios de amigdalite.

Prevenção específica para crianças

Principalmente no caso das crianças, é importante:

  • Mantê-las longe da fumaça de cigarro;
  • Tomar muito líquido;
  • Seguir o tratamento indicado pelo médico.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico da doença é exclusivamente médico.

No consultório do especialista é feito um exame clínico. 

Funciona da seguinte forma: o médico empurra a língua do paciente para baixo, de modo que ele consiga enxergar as amígdalas, ver se estão inchadas, se há pus e mau hálito.

Antes de iniciar o tratamento, é preciso identificar o tipo de amigdalite, se é causada por vírus ou por bactérias. 

Para isso, caso o exame clínico não seja suficiente, o médico pode solicitar um teste rápido ou cultura da secreção que envolve as amígdalas. Dessa forma, o especialista indicará o melhor tratamento.

Geralmente, o tratamento é feito apenas com analgésicos e antitérmicos. Se for amigdalite bacteriana, é ministrado o antibiótico

CUIDADO: O uso indiscriminado de antibióticos pode levar à resistência bacteriana, Portanto, o medicamento sempre deve ser prescrito quando se tem certeza do diagnóstico e por um médico especialista. 

Se o paciente apresentar recorrentes inflamações, pode ser indicada a remoção das amígdalas, mas esse é um procedimento que requer uma análise mais minuciosa do caso.

Conclusão

A amigdalite é uma doença muito comum em crianças, então não há motivo para desespero. Porém, é importante adotar algumas medidas de prevenção e, se o problema se manifestar deve-se seguir o tratamento à risca, sempre com acompanhamento médico.

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