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Você já ouviu falar em vacinas e alergia a ovo? Este é um assunto que pode gerar confusão – e até ser alvo das temidas fake news, por isso é muito importante entendê-lo bem.
As vacinas representam um avanço gigantesco na saúde da humanidade. Doenças que há até poucas décadas ceifaram milhões de vidas – como o sarampo, a poliomielite, a difteria e a rubéola – hoje estão erradicadas ou sobe controle.
Por outro lado, ainda há muito o que fazer nesse campo, afinal doenças infecciosas são um tema de grande desafio para a medicina.
A produção de vacinas é um processo muito complexo, que envolve anos de trabalho e cada tipo de vacina é diferente da outra. Dentre os principais fatores que as diferenciam está a sua composição.
Sim, algumas vacinas contém ovo em sua composição, mas você sabe o porquê? Quais são essas vacinas e o que fazer caso você tenha alergia alimentar a esse componente? Continue a leitura e tire suas dúvidas!
Porque algumas vacinas têm ovo?
Algumas vacinas são desenvolvidas dentro de embriões – ovos fecundados – de galinhas. Os embriões são usados como meio de cultivo para a proliferação de micro-organismos, facilitando o desenvolvimento das vacinas.
Quando é desenvolvida dessa forma, elas podem conter traços da proteína do ovo e causar alergia em pessoas alérgicas a ovo.
Quais vacinas podem conter traços de ovos?
As vacinas produzidas contra contra o vírus Influenza – gripe -, tem como base o ovo. Além dela são produzidas em embrião de ovo a vacina contra a Febre Amarela, a Tríplice Viral (contra a caxumba, o sarampo e a rubéola) e a Tetra Viral (contra a varicela, a caxumba, o sarampo e a rubéola).
Vale pontuar que alergia a estas vacinas apenas ocorrem em pessoas muitíssimo sensíveis à proteína do ovo. As reações variam de urticária – erupção na pele – a reações anafiláticas.
Vacinas e alergia a ovo: como prevenir o problema e o que fazer em casos de reação?
O primeiro passo para prevenção é identificar se realmente o paciente é alérgico a ovo. Como este é um alimento que está no prato da maioria dos brasileiros, diagnosticar esta alergia a ovo pode não ser tão difícil.
Nesses casos, é indispensável que se procure um pediatra que pode encaminhar o paciente para um alergologista – especialista em doenças alérgicas.
Tenho alergia a ovo, posso me vacinar?
Estudos indicam que as vacinas tríplice viral, tetra viral e a vacina de influenza (gripe) contêm uma quantidade muito pequena da proteína do ovo incapaz de causar reações mesmo naqueles pacientes extremamente alérgicos a ovo.
Em nosso serviço, mesmo a vacina de Febre Amarela, que contém uma maior quantidade de proteínas do ovo, pode e deve ser administrada em pessoas alérgicas a ovo, pois o perigo de não vacinar é maior do que a reação à vacina.
Veja as recomendações da Pulmolab e do nosso hospital para aplicação da vacina contra febre amarela:
- Antes de vacinar: realizar teste alérgico com a própria vacina.
- Caso o resultado seja negativo: aplicar a vacina normalmente.
- Se o teste com a vacina for positivo: dividir a vacina em duas aplicações, 30 minutos a parte uma da outra
- Pacientes alérgicos a ovo devem permanecer em observação por pelo menos 1 hora após a aplicação da vacina de febre amarela
Vacinas e alergia a ovo pode ser um tema difícil de se entender, mas o mais importante é sempre seguir as orientações médicas e dos órgãos de saúde. Tenha acesso contínuo a conteúdos como este no blog da Pulmolab e as redes sociais do Dr. Wilson – Facebook e Instagram!