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A espirometria é um exame que mede função pulmonar avaliando a quantidade e a velocidade de ar que a pessoa consegue colocar para dentro e para fora dos pulmões. Com ele se tem uma análise do fluxo respiratório com o qual se identifica a condição pulmonar do indivíduo e a possibilidade de doenças pulmonares.
Na pneumologia – ramo da medicina especializado no tratamento de patologias das vias aéreas inferiores – o exame é rotineiro e dá um bom panorama da condição pulmonar da pessoa, apontando principalmente a existência, ou não, de doenças respiratórias.
Entenda mais sobre o teste em adultos e crianças. Boa leitura!
Espirometria: como funciona, o que detecta e quem pode fazê-la
A espirometria é um exame indolor, não invasivo e que dura em torno de meia hora. Seu foco é observar possíveis anomalias na ventilação pulmonar, determinando a presença de doenças restritivas, obstrutivas ou mistas.
Exemplos comuns de doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DOPC) são Asma, a Fibrose Cística em crianças e o enfisema pulmonar em adultos. Pneumonia, edema pulmonar e sarcoidose são exemplos de doenças pulmonares restritivas. Há também as chamadas doenças mistas que se apresentam com obstrução e restrição.
Como é feito o exame de sopro
O exame de sopro mensura a velocidade e o volume do ar que entra e sai dos pulmões.
Para realização do exame, o paciente, adulto ou criança, fica sentado em local confortável. É colocado um clipe nasal, para que ele respire apenas pela boca. A respiração é feita por um tubo descartável que liga a boca ao espirômetro – aparelho que faz as medições. As vezes são aplicadas algumas doses de salbutamol spray, via inalatória, para dilatar os brônquios.
Ao longo do exame, o paciente será instruído a respirar tranquilamente, a encher o pulmão e a assoprar o máximo possível durante 6 segundos, ou até liberar todo o ar contido no pulmão.
Análise do resultado da espirometria
O resultado do exame varia de pessoa para pessoa. Diversos fatores são relevantes na análise, como sua altura, peso, idade e até a etnia. De forma geral, há uma faixa de normalidade, em torno dos 80%, e pessoas abaixo desse nível podem apresentar um exame alterado.
Em todo caso, a palavra final fica por conta do médico responsável. Antes de qualquer diagnóstico o médico que solicitou o exame certamente avaliará o histórico pessoal e familiar do paciente, podendo até solicitar outros exames.
Contraindicações para a realização do exame
Mesmo que indolor e não invasivo, o teste pode causar reações adversas. São algumas situações que podem dificultar ou até mesmo contraindicar a realização do exame:
- Aneurisma de aorta;
- Infecções respiratórias leves ou graves;
- Dor torácica ligada à respiração;
- Cardiopatias graves;
- Hemoptise (tosse com sangue);
- Realização de cirurgia ocular recente;
- Deslocamento de retina;
- Respiração via traqueostomia;
Vale ressaltar que o especialista pode solicitar o exame, de acordo com a sua visão de cada caso.
A espirometria, como todo exame clínico, deve ser conduzida e avaliada por profissional capacitado e com experiência em doenças pulmonares.
O Dr. Wilson é um alergista e pneumologista pediátrico com anos de atuação e clínica sediada em Belo Horizonte, onde realiza regularmente provas de função pulmonar em sua clínica, a Pulmolab. Como parte de seu trabalho, ele também se dedica a trazer informações sobre saúde em seu blog e redes sociais – Facebook e Instagram. Acompanhe o Dr. Wilson e receba conteúdo de qualidade!