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Quando o assunto é asma infantil, um dos medos mais comuns entre os pais é o uso da famosa “bombinha”. Afinal, bombinha de asma vicia? A resposta é clara, direta e baseada na ciência: não, bombinha não vicia.
Esse é um dos maiores mitos sobre o tratamento da asma e, infelizmente, faz com que muitas famílias negligenciem o cuidado adequado, colocando a saúde respiratória das crianças em risco. Neste artigo, vamos esclarecer de uma vez por todas como funciona a bombinha, sua importância no controle da asma e por que ela não causa dependência.

De onde vem o mito de que bombinha vicia?
O medo da “dependência” da bombinha geralmente surge quando os pais percebem que, sempre que a criança tem crise, ela melhora após usar o medicamento. Isso gera a falsa impressão de que ela “precisa cada vez mais”.
Na verdade, o que acontece é exatamente o contrário: a bombinha alivia o sintoma, mas não é o problema. O problema é a própria asma mal controlada.
Quando a criança não faz o tratamento de manutenção adequado, as crises se tornam mais frequentes, e o uso da bombinha de alívio (broncodilatador) acaba sendo necessário repetidamente.
Para que serve a bombinha e como ela funciona?
Existem dois tipos principais de bombinha:
- ✅ Bombinha de alívio (broncodilatador) – usada durante crises para abrir rapidamente os brônquios e aliviar a falta de ar, chiado e tosse.
- ✅ Bombinha de controle (corticoide inalatório) – usada diariamente para reduzir a inflamação dos brônquios, prevenindo crises.
A bombinha não trata apenas o sintoma momentâneo. No caso do corticoide inalatório, ela atua no controle da doença, mantendo os pulmões saudáveis e reduzindo significativamente o risco de internações, idas ao pronto-socorro e perda de qualidade de vida.
Bombinha faz mal? Tem efeito colateral?
Outro receio frequente é sobre possíveis efeitos colaterais. A boa notícia é que, quando usada corretamente (com espaçador e na dose recomendada), a bombinha é extremamente segura, até para uso prolongado.
- 🚫 Não enfraquece o pulmão.
- 🚫 Não prejudica o desenvolvimento da criança.
- 🚫 Não causa dependência física, psicológica nem química.
O que faz mal é exatamente o oposto: não tratar a asma corretamente. A inflamação crônica nos pulmões, causada pela asma sem controle, pode gerar perda de função pulmonar ao longo dos anos.
Quando a bombinha é realmente necessária?
- ✅ Durante as crises, para aliviar os sintomas de falta de ar, chiado e tosse.
- ✅ No uso diário, para muitas crianças, com o objetivo de manter a asma sob controle e evitar que as crises aconteçam.
O pneumologista pediátrico é quem avalia a gravidade da asma, define se é necessário o tratamento contínuo e ajusta as doses corretamente.
O que acontece se não tratar a asma corretamente?
Negligenciar o tratamento, por medo da bombinha, traz riscos reais, como:
- Internações frequentes.
- Crises graves, com risco de vida.
- Prejuízo na qualidade de vida, limitações em atividades físicas e no desenvolvimento.
- Comprometimento da função pulmonar no futuro.
O medo da bombinha é um mito que precisa ser desfeito. Ela não vicia, não faz mal e não enfraquece o pulmão. Pelo contrário: é uma ferramenta fundamental no controle da asma, garantindo que as crianças tenham qualidade de vida, cresçam saudáveis e façam suas atividades normalmente.
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Até o próximo!