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Você já ouviu falar no bebê chiador? Esse é o nome dado quando a criança tem crises de chieiras frequentes que iniciam no primeiro ano de vida, geralmente causada por infecções virais.
Aliás, o diagnóstico deve seguir parâmetros específicos, apenas 1 crise de chieira não é suficiente para firmar o diagnóstico. Vamos entender melhor esse conceito?
Confira o artigo a seguir e saiba o que é, quais são os seus sintomas e como se dá o tratamento.
Bebê chiador, do que se trata?
Tecnicamente conhecida como lactente sibilante, corresponde ao chiado no peito do bebê durante a respiração. Mas, atenção, nem sempre o chiado é indicativo desse quadro.
É muito comum que recém-nascidos apresentem episódios de sibilância, uma vez que a anatomia de seu aparelho respiratório contribui para ele evoluir com falta de ar, levando ao estreitamento das vias aéreas diante de agentes nocivos, como alergias e infecções virais.
Nesse sentido, para que não haja confusão ao identificar a condição da criança, são estabelecidas as seguintes referências. Um bebê chiador é aquele que:
- apresenta 3 ou mais episódios de chiado;
- apresenta chiado contínuo, com duração de pelo menos 1 mês.
Tais parâmetros são válidos para bebês abaixo dos 2 anos.
Quais são os principais sintomas?
O principal sintoma do bebê chiador é o chiado no peito, cujo nome técnico é sibilo ou sibilância. O som é emitido no momento em que a criança expira, ou seja, solta o ar pelas narinas.
Os sibilos podem ter 3 níveis de intensidade:
- Leve, quando o bebê não apresenta dificuldade para respirar;
- Moderado, quando há dificuldade respiratória e requer internação com oxigênio;
- Grave, com insuficiência respiratória, necessidade de internação na UTI e suporte de ventilação artificial.
Além disso, a crise pode vir acompanhada de tosse seca ou produtiva.
Quais são as principais causas que levam a crises de chieira?
Essa condição pode estar associada a diversos fatores, sendo as principais de origem pulmonar. Nesse caso, temos as infecções virais, como gripe e resfriado, além de doenças pulmonares, como asma e fibrose cística.
Crises de chieira também podem decorrer da aspiração de corpos estranhos, por exemplo, alimentos em grãos ou até mesmo pequenos objetos.
Menos frequentes, a insuficiência cardíaca, a tuberculose, as malformações nas vias respiratórias, entre outros fatores, também podem provocar a sibilância nos bebês.
Vale lembrar que são fatores de risco:
- Prematuridade;
- Uso de tabaco pela mãe durante a gestação;
- Fumo passivo;
- Exposição a poeira, ácaros, pelos de animais e bichos de pelúcia.
Como é feito o tratamento do bebê chiador?
Primeiramente, é preciso entender como se dá o diagnóstico do bebê chiador. Trata-se de um diagnóstico clínico somado ao exame físico. Portanto, é necessário possuir histórico clínico, inclusive familiar, para reconhecer as suas causas.
Caso julgue necessário, o pediatra pode solicitar exames complementares para confirmar a suspeita. Alguns exemplos são a radiografia do tórax, broncoscopia, entre outros. Avalia-se, também, a recorrência dos chiados e sua gravidade.
Uma vez feito esse processo, o médico indica o tratamento adequado à situação, a depender da origem do problema.
Nos casos de chiado de origem pulmonar, costuma-se prescrever medicamentos à base de corticoides inaláveis para reduzir a inflamação e a hiper-reatividade das vias respiratórias. Também podem ser utilizados broncodilatadores inalatórios para tratar os chiados. Em ocorrências de malformações, pode-se realizar uma cirurgia corretiva.
Importante lembrar das medidas de prevenção, como a limpeza do ambiente onde vive o bebê a fim de evitar a exposição a agentes irritantes. A prática de tabagismo por parte dos pais também deve ser evitada. Junto a isso, é importante manter visitas frequentes ao pediatra para avaliação e tratamento adequado.
O bebê chiador é comum nos primeiros anos de vida, devendo ser identificado e tratado por especialistas. E lembre-se de informar-se sobre questões de saúde do seu filho, sempre com fontes confiáveis.
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