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A fibrose cística, também conhecida como mucoviscidose, é uma doença genética, hereditária, autossômica e recessiva.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem aproximadamente 70 mil casos da doença em todo o mundo. No Brasil, este número varia entre 1.500 e 1.700 ocorrências anualmente.
Pode até parecer uma porcentagem baixa, tendo em vista o tamanho da nossa população. Mas, isso não é motivo para descuidar!
Você tem dúvidas sobre a doença, seus sintomas e formas tratamentos? Neste artigo, vamos apresentar as principais informações para o seu tratamento!
Boa leitura.
Fibrose cística: o que é, quais são os seus sintomas, diagnóstico e tratamento
A fibrose cística ocorre em um cromossomo que não é responsável pela determinação do sexo do bebê, ou seja, se manifesta tanto em meninos e quanto em meninas.
O gene defeituoso faz com que o corpo produza uma quantidade anormal de muco espesso e pegajoso, que se acumula nas passagens respiratórias dos pulmões e também no pâncreas.
Essa grande quantidade de muco causa infecções pulmonares, que podem colocar a vida da criança em risco, além de causar problemas digestivos graves.
Da mesma forma, a fibrose cística pode afetar as glândulas sudoríparas e o sistema reprodutivo masculino.
Dentre os fatores de risco, o histórico familiar é o principal, pois esta é uma doença hereditária.
Sintomas e diagnóstico da fibrose cística em recém-nascidos
Os sintomas variam de acordo com a idade do paciente. Em recém-nascidos, na maioria do casos, podemos observar:
- Desidratação sem motivo aparente;
- Tosse com secreção;
- Dificuldade no ganho de peso;
- Entupimento intestinal.
Portanto, é importante buscar ajuda médica se você ou seu filho apresentarem:
- Aumento de tosse, febre, sangue na saliva, perda de apetite ou qualquer outro sintoma de pneumonia;
- Perda de peso acentuada;
- Evacuações mais frequentes ou fezes com odor fétido;
- Abdômen inchado.
Para fazer o diagnóstico de fibrose cística, o médico poderá pedir alguns exames, dependendo da idade do paciente, como, por exemplo:
- Teste do suor;
- Teste do pezinho (feito nas maternidades);
- Exames genéticos;
- Raio X ou tomografia do tórax;
- Teste de gordura nas fezes;
- Exame do sopro.
Como é feito o tratamento da doença
O tratamento é feito por profissionais de diferentes especialidades, como o pneumologista, fisioterapeuta, nutricionista, clínico geral e gastroenterologista.
Como é uma doença que não tem cura, o objetivo do tratamento é melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Em crianças com fibrose cística, é importante que elas tenham a nutrição adequada, já que esse problema causa desnutrição e perda de peso.
Para os problemas pulmonares, o tratamento inclui:
- Antibióticos para prevenir e tratar infecções pulmonares;
- Inalação de medicamentos para ajudar a abrir as vias respiratórias;
- Soluções salinas;
- Em casos avançados, transplante de pulmão;
- Fisioterapia respiratória.
No caso de problemas intestinais e nutricionais:
- Dieta especial rica em proteínas para crianças maiores e adultos;
- Enzimas pancreáticas para ajudar a absorver gordura;
- Suplementos vitamínicos.
Também é indispensável que as pessoas com fibrose cística pratiquem atividades físicas.
Por se tratar de uma doença sem cura, este tratamento consiste em retardar a progressão da doença, o que também aumenta a expectativa de vida dos pacientes.
O problema é que, a medida em que o paciente vai envelhecendo, a situação pulmonar piora e a pessoa pode ficar incapacitada.
Infelizmente, não existe nenhuma maneira de se prevenir a fibrose cística.
Portanto, quanto mais cedo o paciente receber o diagnóstico, antes ele começará o tratamento e melhor será sua qualidade de vida.
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Até a próxima!