Alimentos extensamente aquecidos e alergia alimentar

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Muitas pessoas, sobretudo crianças, sofrem de alergia alimentar. Privar-se de determinadas comidas pode ser muito difícil, principalmente para os pequenos, mas existe uma possível solução para alguns casos: os alimentos extensamente aquecidos.

Especialistas estimam que 5% das crianças sofrem com algum tipo de alergia alimentar. A tendência, todavia, é que até a fase da puberdade essa alergia desapareça. Isso se dá em:

  • 80% dos alérgicos a leite; 
  • 60% alérgicos a ovo;
  • 20% dos alérgicos a amendoim, peixes e frutos do mar.

A alergia alimentar é um tema que causa muitas dúvidas. Pensando nisso, neste artigo vamos apresentar os principais componentes alergênicos, os sintomas do problema e os tratamentos disponibilizados atualmente.

Boa leitura!

alimentos extensamente aquecidos

Alergia alimentar: componentes alergênicos e sintomas

Existem oito produtos responsáveis pela maioria das reações alérgicas – 90% delas, para ser mais exato!

São eles:

  • Ovo;
  • Leite;
  • Trigo;
  • Soja;
  • Amendoim e outras nozes
  • Peixe e Frutos do mar.

Os dois primeiros alimentos da lista, ovo e leite, são os que mais causam alergia alimentar entre os brasileiros.

De modo geral, a alergia alimentar não é grave, mas, em raros casos, ela pode ser fatal. Por isso, é importante ficar atento aos sintomas e à intensidade das reações em relação à quantidade de alimento ingerido.

Conheça os principais sintomas:

Sintomas respiratórios: desconforto na garganta, tosse, falta de ar e chiado no peito.

Reações cutâneas (que se manifestam na pele): urticárias (calombos avermelhados) que coçam muito, podem surgir com inchaço e sumir repentinamente. A dermatite atópica também pode se desenvolver nesse contexto. Ela se manifesta por meio de coceira e pele ressecada.

Manifestações gastrointestinais: enjoo, cólica, diarreia, vômito e desidratação. Pode vir acompanhada de inchaço dos lábios e língua, erupção na boca e dificuldade para engolir.  Perda de apetite e peso também são frequentes.

Reações anafiláticas: em casos graves, o choque anafilático pode se desenvolver. Nesses casos, é imprescindível agir rapidamente, pois a anafilaxia pode levar a morte! Ela se manifesta por meio de inchaço, coceira na garganta, ansiedade, tontura, fechamento da garganta e consequente falta de ar.

Tratamentos para alergia alimentar: como os alimentos extensamente aquecidos podem ser uma solução

A alergia alimentar possui diversas frentes de atuação para o tratamento e prevenção. O primeiro deles, e mais evidente, é evitar o alimento. Apesar de não ser uma tarefa fácil, felizmente a abundância de variedades, como o leite de soja para quem tem alergia à proteína do leite de vaca, pode ajudar.

É importante identificar se outros alimentos contêm a proteína causadora da alergia – elas podem estar presentes até mesmo em cosméticos.

Há também algumas vacinas orais, que são ministradas em quantidades minímas e aumentadas gradualmente, para ajudar o corpo a criar resistência. Esse tipo de tratamento pode levar até mais de 4 anos, mas apresentam resultados positivos.

Além disso, a precaução deve ser palavra de ordem para os alérgicos. Deve ser feito acompanhamento com especialista para que ele indique o melhor plano de ação em casos de reações anafiláticas.

Alimentos extensamente aquecidos: uma solução para alguns pacientes

No caso de alergia a ovo e leite, 2/3 dos pacientes conseguem tolerar, sem reação, quando esses produtos são levados a altas temperaturas de cozimento. Não basta só ferver o leite ou fazer o ovo cozido. Estes alimentos tem que ser assados com produtos que contem glúten: bolos, biscoitos, pão de queijo, etc.

Essa é uma ótima notícia, pois facilita a vida da criança e de sua família e também pode ajudar o paciente a perder a alergia ao alimento, gradualmente. Por outro lado, isso não é uma regra e não se deve fazer esse “teste” em casa, sem a supervisão do seu médico.

Consumir alimentos extensamente aquecidos pode ser uma ótima alternativa no tratamento de alergias alimentares. Mas, reforçamos que todo e qualquer tratamento deve ser feito em acompanhamento com um alergologista.

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