Sarampo: por que é tão importante vacinar meu filho contra a doença?

Tempo de leitura: 6 minutos

O sarampo é uma doença infecciosa viral extremamente contagiosa que, por alguns anos, graças aos esforços do Programa Nacional de Imunização (PNI), não assolou os brasileiros.

Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em 2016, o Brasil recebeu o status de país livre do sarampo. O que foi uma grande vitória para nós!

Porém, em 2018 ocorreram surtos de sarampo e a doença voltou a ser um problema de saúde pública no Brasil e no Mundo.

Se você quer proteger a si e a sua família deste problema, continue a leitura. 

Neste artigo, você vai entender mais sobre a doença, como se dá a sua transmissão e quais são os sintomas.

Boa leitura!

sarampo

Sarampo: entenda a doença, como é transmitida, quais são os sintomas, como se proteger e a importância da vacina 

O sarampo é uma das doenças infecciosas causadas por vírus, neste caso, do gênero Morbillivirus, que tem o ser humano como único hospedeiro.

Este vírus possui uma alta taxa de transmissão, sendo, então, uma doença extremamente contagiosa, até mais que a COVID-19, de modo que quem é infectado precisa ficar em isolamento social.

Trata-se de uma doença aguda, ou seja, de ação rápida e curta e, logo, os sintomas desaparecem. Mas, ainda assim, em 30% dos casos podem ocorrer complicações. O sarampo tem uma taxa de mortalidade de 4 a 10%.

Em gestantes, o quadro da doença é ainda mais sério, podendo causar abortos ou partos prematuros.

Esta condição é mais comum em crianças com menos de cinco anos de idade, devido à imaturidade do sistema imunológico nessa faixa de idade mas, ainda assim, ela pode acometer adultos, principalmente aqueles que possuem a imunidade comprometida.

Um estudo publicado na revista científica Science, conduzido na Universidade de Harvard, mostrou que o sarampo faz o corpo “esquecer” como combater as infecções.

Interessante, não é mesmo?

Isso ocorre porque a memória imunológica do corpo humano, ou seja, os comandos para produção de anticorpos que atacam os patógenos, fica “guardada” em células do sistema imune que são chamadas de linfócitos B. 

Durante a infecção pelo vírus do sarampo, estas células são destruídas, o que reduz a capacidade do organismo lidar com infecções.

Segundo o estudo, uma criança que teve um quadro grave da doença, tem uma redução em 73% dos anticorpos que conseguiria produzir!

Transmissão da doença

No ambiente urbano, o ser humano é o único hospedeiro que o vírus é capaz de infectar, portanto, a contaminação ocorre diretamente de pessoa a pessoa.

A transmissão da doença se dá por via aérea, ou seja, a partir de gotículas de saliva expelidas ao tossir, espirrar ou falar. 

O contágio também pode se dar ao entrar em contato com partículas virais que estão presentes no ar, superfícies ou em objetos compartilhados, como copos e talheres.

Vale lembrar que a pessoa infectada só transmite o vírus durante a fase sintomática da doença.

Sintomas da doença

O período de incubação, ou seja, o tempo entre a infecção pelo vírus e o surgimento dos primeiros sintomas, é de aproximadamente 12 dias.

O aparecimento de manchas vermelhas é um sinal característico desta doença, mas outros sintomas que o sarampo pode causar são:

  • Febre alta;
  • Tosse;
  • Mal-estar;
  • Coriza;
  • Conjuntivite;
  • Otite;
  • Manchas brancas na parte interna da bochecha.

Proteção contra o sarampo

A vacina é a melhor proteção contra o sarampo.

Aqui no Brasil ela é feita em um esquema de duas doses da vacina Tríplice Viral, que também protege contra rubéola e caxumba.

A primeira dose é aplicada em crianças com doze meses de vida. Enquanto a segunda é aplicada aos 15 meses e possui duração para a vida inteira.

De acordo com o Ministério da Saúde, as vacinas contra o sarampo tem eficácia de aproximadamente 98%, mas ela só é garantida quando ambas as doses são administradas.

Vale lembrar que a imunização contra a doença é contraindicada para gestantes e crianças com menos de seis meses de idade.

A Tríplice Viral contém o vírus inativado, de modo que, ao entrar em contato com as células, não conseguirá iniciar uma infecção, mas ainda assim, o sistema imune consegue reconhecê-lo para “aprender” a produzir anticorpos.

Dessa forma, pelo mecanismo chamado “memória imunológica”, a informação de como combater o vírus fica registrada nas células chamadas linfócitos B.

Então, caso a pessoa imunizada entre em contato novamente com o vírus, o organismo saberá como se defender e a doença não se desenvolverá.

Importância da cobertura vacinal

A cobertura vacinal diz respeito a quanto da população de um local precisa ser imunizada para impedir a circulação do vírus e o desenvolvimento da doença. No caso do sarampo isso corresponde a 95% da população.

E você sabia que o Programa Nacional de Imunização (PNI) do Brasil, oferece um dos calendários de vacinação mais abrangentes do mundo, com vacinas gratuitas para toda a população?

Graças aos esforços dos programas de vacinação, por alguns anos o Brasil esteve livre do sarampo, mas segundo dados coletados pelo PNI, desde 2015 o Brasil não atinge a meta de imunização.

sarampo vacina

Em 2020, apenas 70% da população está imunizada com a primeira dose da vacina, e cerca de apenas 55% recebeu a segunda dose.

Esta realidade é extremamente preocupante, pois quando a cobertura vacinal não é atingida, boa parte das pessoas podem ser contaminadas pelo vírus, o que pode culminar em surtos de doenças que há muito não atingiam a população em grande escala, como é o caso do sarampo e da febre amarela

A partir da experiência da pandemia da COVID-19, foi possível perceber a fragilidade do sistema de saúde brasileiro, de modo que a vacinação é a melhor forma de prevenir um cenário catastrófico.

Tendo em vista que o sarampo é uma doença grave e altamente contagiosa, nós devemos fazer a nossa parte para evitar que essa doença se dissemine, todos devem tomar a vacina!

Por isso, garanta que seu filho e toda a sua família estejam com todas as doses das vacinas em dia!

Gostou do texto?

Para ficar por dentro de mais assuntos como esse, continue no nosso blog e acesse nossos sites: Pulmolab e Alergo Pneumoped.

Nos acompanhe também nas redes sociais, estamos no Instagram e Facebook.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *