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É comum ouvir que uma criança que adoece com frequência tem “imunidade baixa”. A frase circula entre pais, avós e até nas escolas. Mas será que isso é verdade? Será que todo resfriado recorrente indica um problema no sistema imunológico?
Neste artigo, vamos esclarecer o que realmente significa ter baixa imunidade, quando é normal que a criança adoeça mais e em que situações é necessário investigar mais a fundo.

Afinal, o que é ter “imunidade baixa”?
O termo “imunidade baixa” é popular, mas nem sempre está sendo usado corretamente. De forma geral, ele se refere a um sistema imunológico que não consegue reagir de maneira eficaz a agentes infecciosos, deixando o corpo mais vulnerável a doenças.
No entanto, a maioria das crianças que adoecem com frequência não tem imunodeficiência verdadeira. O que acontece, na maioria dos casos, é uma exposição maior a vírus comuns, especialmente em creches, escolas ou quando a criança inicia a socialização com outras.
Por que algumas crianças ficam doentes com mais frequência?
O sistema imunológico infantil ainda está em desenvolvimento. Nos primeiros anos de vida, é esperado que a criança tenha entre 8 e 12 infecções respiratórias por ano, principalmente resfriados, gripes e viroses.
Esse contato com vírus e bactérias faz parte do processo natural de construção da imunidade. A criança que convive com outras tende a ficar mais exposta, o que, embora seja cansativo para os pais, não significa, necessariamente, um problema de saúde.
Quando a frequência das doenças exige investigação?
Apesar de ser normal adoecer com frequência, alguns sinais podem indicar que é hora de investigar possíveis alterações no sistema imunológico.
Fique atento se a criança apresenta:
- Infecções graves e que exigem internação frequente.
- Pneumonias Bacterianas de repetição em curto intervalo de tempo.
- Atraso no crescimento ou ganho de peso.
- Infecções que não melhoram com o tratamento adequado.
- Necessidade constante de antibióticos por longos períodos.
Nesses casos, o pediatra pode encaminhar para uma avaliação com imunologista ou pneumologista pediátrico, que solicitará exames específicos para verificar se há alguma imunodeficiência.
É possível fortalecer a imunidade da criança?
Não existe fórmula mágica. O que fortalece a imunidade é oferecer à criança uma rotina saudável e equilibrada, com cuidados simples, mas poderosos:
- Alimentação balanceada, rica em frutas, legumes e proteínas.
- Sono de qualidade, respeitando as horas necessárias por faixa etária.
- Atividade física diária, mesmo que leve.
- Hidratação adequada.
- Vacinas em dia para prevenir doenças sérias.
- Exposição ao sol com segurança, para manter os níveis de vitamina D.
Evite recorrer a “fortificantes”, imunomoduladores ou suplementos sem indicação médica — o uso indiscriminado pode ser prejudicial ou inútil.
A ideia de que “adoecer muito é sinal de imunidade baixa” nem sempre se confirma na prática. Na maioria dos casos, episódios frequentes de resfriados e viroses fazem parte do desenvolvimento saudável da imunidade infantil.
No entanto, se os sintomas forem muito intensos, repetitivos ou acompanhados de sinais de alerta, é fundamental buscar orientação médica.
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Até o próximo!