Vacina de febre amarela e alergia a ovo

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Você sabia que pessoas alérgicas à proteína do ovo devem tomar alguns cuidados antes de tomar a vacina da febre amarela?

Esse é um alerta da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), que apresenta dois casos importantes a se considerar antes da imunização.

O ovo é um dos alimentos que mais causam alergia em todo o mundo

A reação se dá, principalmente, por causa da clara. Apesar dos avanços na Medicina para combater o distúrbio, a situação é preocupante, pois pode evoluir com sintomas graves como as reações anafiláticas.

Portanto, se você ou seu filho possui alergia ao alimento, mas precisa tomar a vacina contra a febre amarela, informe-se sobre os cuidados mais importantes, no artigo a seguir!

febre amarela
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Febre amarela: o que é e quais são os seus sintomas

A febre amarela é uma doença infecciosa que se manifesta na forma aguda e é causada por um vírus. Mosquitos transmissores hematófagos da família Culicidae, Haemagogus e do Gênero Aedes, como o mosquito Aedes Aegypti são os responsáveis por disseminá-la.

Em relação ao ciclo de transmissão da doença, podemos dividi-lo em dois: 

  • Febre amarela silvestre (em que o macaco é o principal hospedeiro);
  • Urbano (em que o Homem que vive em áreas urbanas é o principal hospedeiro).

O vírus da febre amarela causa sintomas severos na pessoa infectada, como calafrios, cansaço, febre alta, dor muscular, dor de cabeça, náuseas e até vômitos – casos graves da doença podem levar ao óbito.

As manifestações da doença podem persistir por até três dias.

Quando a imunização é recomendada?

O Ministério da Saúde adverte que deve ser feita imunização em pessoas que vivem ou venham a se deslocar para áreas endêmicas. Ou seja, pessoas em locais considerados grandes focos da doença devem receber o antiviral. 

Os principais focos da doença no Brasil são os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins; Bahia, Maranhão e Piauí; Goiás (incluindo Brasília), Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo; Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Isso também vale para alguns países que são considerados áreas endêmicas, como Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, Panamá, Equador, Paraguai, Perú, Trinidad e Tobago, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Vacina de febre amarela e alergia a ovo

Afinal, qual a relação entre a vacina da febre amarela e a alergia ao ovo?

Bem, ocorre que os ovos embrionados de galinha são excelentes condições para o cultivo de alguns antivirais. Nesse processo, a imunização se transforma num produto rico em proteínas do novo.

Logo, pacientes que tenham histórico de alergia alimentar precisam tomar alguns cuidados antes de receber a dose.

Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), os cuidados podem se dividir em duas situações:

1. Casos leves e moderados de alergia (sem anafilaxia)

Nesse contexto, o indivíduo pode receber a vacina, mas precisa permanecer sob supervisão médica por, pelo menos, 30 minutos.

É muito importante enfatizar que este paciente deve receber a imunização em ambiente com estrutura e pessoal adequados.

2. Casos graves de reação (com anafilaxia)

Mesmo em casos de reações graves a ovo a maioria dos pacientes que recebem vacina de febre amarela não apresentam sintomas importantes. Nesses casos, o paciente deverá se consultar com especialista e aplicar a vacina sob supervisão. O alergista pode sugerir realizar testes cutâneos com a vacina mas a utilidade deste teste vem sendo questionada. Pode-se ainda optar por uma imunização será fracionada em 2 doses para diminuir o risco de reação.

De toda forma, o acompanhamento com médico alergista é indispensável.

A febre amarela ainda é uma doença que apresenta muitos riscos à saúde. Portanto, a vacina em casos de alergia alimentar precisa ser analisada com cuidado, tendo em vista que os riscos causados pela doença são muito maiores que os riscos de uma reação vacinal.Continue acompanhando o blog da Pulmolab para ter acesso a mais conteúdos como este! Aproveite, e siga-nos nas redes sociais – Facebook e Instagram.

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